Lewandowski nega pedido de liberdade de ex-delegado da PF
27 de março de 2006, 18h09
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, negou o pedido de Habeas Corpus ajuizado em favor do ex-delegado da Polícia Federal Wilson Alfredo Perpétuo. Ele foi preso durante a Operação Lince, da própria PF, sob a acusação de roubo de cargas e adulteração de combustíveis.
A defesa do ex-delegado alegou que a decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região de decretar a prisão preventiva de Perpétuo teve como fundamento apenas a existência de prova da materialidade e índicos de autoria, o que seria insuficiente para mantê-lo preso.
O ministro entendeu que o decreto de prisão preventiva foi bem fundamentado. Também considerou que não haveria motivos para discutir o excesso de prazo para o encerramento da instrução criminal.
Operação Lince
A Operação Lince, na qual o delegado Perpétuo foi preso, foi desencadeada pela Polícia Federal no dia 23 de junho de 2004, quando mais de 100 homens, entre delegados e agentes, foram mobilizados em cinco estados e no Distrito Federal para cumprir a prisão dos supostos envolvidos no roubo de cargas e adulteração de combustíveis.
Pelo menos oito pessoas, incluindo delegados da Polícia Federal, foram presas durante a operação em Ribeirão Preto. O delegado-chefe da Polícia Federal em Ribeirão, José Bocamino, o delegado Wilson Perpétuo e o agente federal Luís Cláudio Santana foram presos em casa.
Também foram presos na operação o advogado Fauzi José Saab Júnior, e dois outros investigados por roubo de cargas, Roberto Lopes Álvares e Jair Dias de Moraes. Além da prisão dos suspeitos, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão e todo o material foi encaminhado para Brasília.
HC 87.775
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