Caça-níquel

MP investiga policiais e deputados envolvidos com jogo ilegal

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21 de março de 2006, 17h35

Delegados de Polícia Federal e deputados federais são investigados em sigilo, no interior de São Paulo, pelo Ministério Público Federal, sob acusação de terem colaborado para que empresários italianos e portugueses, conectados a jogos de azar, remetessem ilegalmente dinheiro para o exterior, fazendo uso de "laranjas" e empresas de fachada. As investigações estão focadas na cidade de São José dos Campos e os nomes são mantidos em sigilio.

As denúncias brotaram de investigações geradas pelo Gaerco, grupo de elite do MP no interior paulista. Tais investigações levaram nessa terça-feira à condenação do delegado seccional assistente, da Polícia Civil de São José dos Campos, Antonio Agnaldo Fracaroli, sob acusações de improbidade administrativa, segundo processo 1882/04.

Segundo o juiz Ricardo Pereira, que decidiu por perda de cargo público e de elegibilidade, por três anos, "há quase confissão do réu quando sustenta que a tolerância das máquinas caça-níqueis pela polícia não revela omissão no cumprimento se suas funções".

Sustenta ainda o magistrado que "o Ministério Público encetou detalhada investigação a respeito da exploração de máquinas caça-níqueis, e apurou a participação de policiais no acobertamento das atividades ilegais que deveriam combater".

Os MPs estadual e federal investigam 28 pessoas, 7 sob  improbidade administrativa

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