Greve da lei

Desembargadores de Minas param em defesa do nepotismo

Autor

17 de março de 2006, 10h50

Os 120 desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais anunciaram que farão greve nesta segunda-feira (20/3) por discordar da Resolução 7 do Conselho Nacional de Justiça, que proíbe o Nepotismo no Poder Judiciário e contra a decisão que fixou em R$ 24,5 mil o teto salarial. A paralisação vai durar um dia e tem como objetivo servir de advertência. Minas Gerais foi um dos estados que mais resistiu à Resolução 7 do CNJ.

De acordo com os desembargadores, a resolução do CNJ “afronta a Constituição mineira, gerando uma situação de desestímulo de todas as suas atividades em prol da Justiça e da sociedade de Minas Gerais”. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

O TJ-MG cumpriu a resolução do CNJ que acabou com o nepotismo no Judiciário, mas não incluiu no anúncio de afastamento dos 363 servidores os nomes de cem parentes de desembargadores, entre os quais três filhos do presidente da Corte, Hugo Bengtsson Júnior.

Segundo o conselheiro do Tribunal de Contas, Sylo Costa, os salários no TJ mineiro ultrapassam o teto fixado. Ele disse à Folha de São Paulo que os salários dos conselheiros do TCE são os mesmos recebidos pelos desembargadores. Sylo Costa, que disse receber R$ 27 mil por mês, negou rumores que circularam em Brasília de que há conselheiros que recebem salários superiores a R$ 50 mil.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!