Papo sério

Indústria de brinquedos pode processar indústria de alimentos

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15 de março de 2006, 20h04

A Abrinq — Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos decidiu assestar baterias contra fabricantes de alimentos e lojas de fast food. A decisão foi tomada numa assembléia da entidade, na última segunda-feira (13/3).

Segundo o presidente da Abrinq, Synésio Batista, não está afastada a possibilidade de ações na Justiça e até queixa por abuso de poder econômico no Cade, órgão do Ministério da Justiça, caso persista a prática de distribuir brinquedos junto com o comércio de alimentos.

“A imagem do setor será destruída se nada for feito” declarou o empresário, sustentando que o brinde distribuído junto com comida faz com que a criança, em seu subconsciente, associe brinquedo como uma diversão de 30 minutos.

“Comer um hambúrguer não toca na sensibilidade de ninguém. Por isso, esse ato jamais pode estar atrelado a uma atividade lúdica”, insistiu. Synésio Batista esclareceu que a luta deflagrada é por questão de princípio e não pelo fato de os produtos entregues por diversas empresas como Nestlé e McDonald´s serem fabricados no exterior.

Dentro da estratégia decidida neste início de semana, o assunto será levado ao Congresso, para que a Câmara dos Deputados e o Senado elaborarem projeto de lei proibindo o comércio casado. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária também será comunicada. “Queremos saber se as normas do comércio de alimentos permitem a colocação de comida e brinquedos numa mesma embalagem”, concluiu.

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