Rota do tráfico

Relatório dos EUA aponta Brasil como exportador de heroína

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2 de março de 2006, 18h23

Habitualmente, o Departamento de Estado dos Estados Unidos divulga em março o seu relatório mundial sobre o tráfico de drogas. O relatório divulgado nesta quinta-feira (2/3) menciona, pela primeira vez, o Brasil como exportador de heroína.

Os números tradicionais de tráfico de drogas das Nações Unidas apontam que as dez principais máfias do mundo, enraizadas em 23 países, inclusive o Brasil, movimentariam por ano cerca de US$ 3 trilhões, fluxo gerado sobretudo a partir dos US$ 20 bilhões que as máfias de cocaína e heroína movimentariam por ano.

É nesse universo que o Departamento de Estado americano faz seus apontamentos. Apesar de elogiar a Polícia Federal do Brasil e, sobretudo, a lei do abate para aeronaves suspeitas de narcotráfico (instituída em outubro de 2004), o Departamento de Estado diz o seguinte: “O Brasil é um dos maiores países para o trânsito de drogas ilícitas embarcadas para a Europa e, em menor escala, para os EUA”.

Diz o relatório que “embora não seja um país significativo na produção de drogas, o Brasil é um duto para que a pasta base de cocaína e a coca refinada mova-se para a Europa e o Oriente Médio, bem como o canal para que pequenas quantidades de heroína sejam transportadas para os Estados Unidos e para a Europa”. A heroína “exportada” pelo Brasil é produzida na Colômbia, segundo os EUA.

Clique aqui para ler o relatório, em inglês, do Departamento de Estado dos EUA.

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