“Não há porque não liberar os laudos. As ações da Policia Civil foram todas realizadas dentro da legalidade. O mesmo deve ter ocorrido nas ações realizadas pela Policia Militar.” A declaração é de André Di Rissio, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, sobre a demora do governo do estado em tornar pública a lista com o nome das pessoas mortas pela polícia depois dos atentados violentos na cidade.
Rissio afirmou, ainda, que a demora do IML na liberação dos laudos não ocorreria caso o instituto estivesse subordinado à Polícia Civil. “É imprescindível que haja transparência na manipulação dos dados mantidos sob o controle do IML. Já não há mais espaço para posturas que lembrem as atrocidades cometidas outrora”, argumentou em referência à manipulação de laudos no IML durante o regime militar.
Rissio acredita que a demora na divulgação dos dados leva a especulações sem fundamentos. Segundo ele, “esconder os dados faz com que a população deixe de apoiar o trabalho da polícia”. E concluiu que todas as mortes devem ser esclarecidas por meio de inquérito policial.