Lista negra

CPI pede à OAB medidas contra advogados de Marcola

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18 de maio de 2006, 22h04

A OAB nacional recebeu nesta quinta-feira (18/5) ofício do presidente da CPI do Tráfico de Armas, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), em que o parlamentar acusa os advogados Sérgio Weslei da Cunha e Maria Cristina de Souza Rachado de “ato de corrupção ativa de servidor terceirizado” da Câmara dos Deputados.

Moroni Torgan pede para Roberto Busato, presidente da Ordem, além da apuração dos fatos, que envolvem a compra de degravação de depoimentos secretos à CPI, “providências no sentido de suspender, dos advogados citados, o direito do exercício da profissão, até a completa apuração da denúncia”.

No ofício, o parlamentar sustenta que o envolvimento de Sérgio Weslei e Maria Rachado ficou comprovado por investigações feitas pela própria Câmara. O deputado Moroni Torgan destaca ainda, na correspondência a Busato, que apenas dois dias depois de a fita ser comprada pelos advogados, é que “foram deflagrados ataques contra a sociedade brasileira”.

O presidente da OAB nacional já enviou à seccional paulista da Ordem pedindo que “tome as providências cabíveis para dar andamento às investigações quanto à eventual participação de ambos os advogados no caso, envolvimento este que foi denunciado pelo servidor terceirizado da Câmara dos Deputados”.

Sob suspeita

Segundo depoimento do funcionário da Câmara Arthur Vinícius Pilastres Silva, Sérgio Wesley da Cunha e Maria Cristina de Souza Rachado, compraram dele, por R$ 200, cópia das declarações feitas em reunião secreta da CPI pelo diretor do Deic — Departamento de Investigações Criminais de São Paulo, Godofredo Bittencourt Filho, e do delegado Rui Ferraz.

De acordo com a CPI, os dois advogados cometeram corrupção ativa e formação de quadrilha. O relator da comissão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou que os dois advogados não estavam exercendo advocacia, mas “são parte integrante do PCC; são bandidos”.

Artur Vinicius trabalhou por três anos para uma empresa terceirizada que presta serviços de som à Câmara. Foi demitido na semana do dia 8 de maio.

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