Greve mantida

PF diz que medida do TSE contra aumento não a atinge

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21 de junho de 2006, 11h13

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Francisco Carlos Garisto, acredita que a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio, não prejudica as negociações da categoria, que faz paralisação, por salários, nesta quarta-feira. “Pedimos reposição salarial de 30% retroativa a fevereiro, face a nossas perdas de 128%. A decisão de Marco Aurélio não nos atinge”.

O TSE decidiu na noite de terça-feira que aumentos salariais para o funcionalismo público em ano eleitoral só podem ser concedidos 180 dias antes das eleições. Assim, o tribunal entendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva corre o risco de ter sua candidatura à reeleição impugnada se ficar comprovado que os aumentos concedidos pelo governo federal no mês passado não se restringiram à simples reposição salarial.

Garisto garante que a decisão do TSE não muda a postura da PF em busca de aumento salarial e que a greve geral programada para a próxima segunda feira está mantida. “O que nos atinge é o fato de o ministro da Justiça não ter nos recebido nessa terça-feira. Ele foi desmoralizado pela equipe econômica. A PF entra em greve geral, portanto, na próxima segunda-feira”, adianta.

Armando Rodrigues Coelho Neto, delegado que preside a Federação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, atacou o ministro Marco Aurélio. “O ministro tem tradição polêmicas. Suas decisões são exageradamente técnicas ou muito políticas. Sua decisão teve nítida conotação política, porque ele tem simpatia por determinado partido político. Sua decisão vai abrir uma seqüência de prejuízos para grande parcela do funcionalismo público. Sua função como juiz seria fazer justiça, não fazer isso com os servidores”.

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