Coleta de dados

Justiça gaúcha encomenda pesquisa sobre perfil do jovem infrator

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18 de junho de 2006, 7h00

O Projeto Justiça Instantânea do Rio Grande do Sul firmou parceria com a faculdade de Sociologia da PUC-RS para permitir a coleta de dados relativos ao Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente. O objetivo é traçar um perfil do jovem infrator.

Estudo realizado em 2005 apontou 4.699 ocorrências envolvendo jovens, registradas na Delegacia Especial do Adolescente Infrator do estado. No primeiro semestre foram 2.516, a maioria denúncias de ameaça verbal e brigas de socos.

A idéia é juntar os dados da pesquisa e sistematizar as informações sobre os motivos das denúncias. O material também vai servir de subsídios à elaboração dos trabalhos de conclusão dos universitários. Pelo acordo, iniciado em março, três estudantes farão estágio junto ao projeto.

A pesquisa vai funcionar como fonte de consulta ao Judiciário. “Com o material poderemos ter uma melhor compreensão sobre o nosso trabalho e sobre os jovens com os quais lidamos.”, explicou a juíza Vera Deboni, que atua na JIN — Justiça Instantânea.

O projeto é fruto de uma cooperação, sugerida no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal 8.069/90), e criado em Porto Alegre com o objetivo de agilizar o trabalho de apuração e conclusão dos delitos. Participam também a Delegacia Especial do Adolescente Infrator e o Ministério Público Estadual, responsável pelas denúncias.

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