Morte suspeita

ABI pede apuração rigorosa na morte do jornalista Ajuricaba Monassa

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28 de julho de 2006, 11h33

Policiais da 65º Delegacia Policial, em Magé (RJ), estão investigando a morte do jornalista Ajuricaba Monassa de Paula, 73 anos, que morreu na última segunda-feira, depois de discutir com um vizinho, Nereu Corrêa Vivas, numa praça no centro daquele município.

Ele faleceu enquanto era atendido no Hospital Municipal de Guapimirim (RJ), onde chegou após cair e bater com a cabeça no chão. Aliás, esse tombo levou a Associação Brasileira de Imprensa a pedir em nota oficial o empenho pessoal da governadora Rosinha Garotinho no esclarecimento do episódio. Para a ABI, o jornalista teria sido espancado por Vivas e seu sobrinho, o vereador Oswaldo Carvalho Vivas, político que acusava cometer irregularidades na Câmara Municipal.

Os policiais que atuam no caso examinarão todas as possibilidades, como de praxe, mas já falam na DP que se trata de crime comum. A vítima inclusive estaria alcoolizada e teria ameaçado o vereador com um martelo. Ambos prestaram depoimento na delegacia e foram liberados no mesmo dia da tragédia.

O jornalista foi um dos fundadores do diário comunista Imprensa Popular. Até hoje colaborava com textos para algumas revistas e sites. Em Guapimirim, onde se radicou após aposentar-se, era militante de movimentos comunitários e combatia o que considerava “práticas administrativas duvidosas”. Junto com Leonel Brizola participou do surgimento do PDT.

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