Notas falsas

Marcos Valério nega participação em esquema de notas falsas

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27 de julho de 2006, 18h29

O publicitário Marcos Valério negou qualquer envolvimento com o esquema de falsificação de notas fiscais ao ser interrogado, nesta quinta-feira (27/7), pelo juiz Walter Luiz de Melo, da 4ª Vara Criminal de Belo Horizonte. Marcos Valério e o publicitário Rodrigo de Souza Simões são acusados de emitir notas fiscais falsas e de falsidade ideológica, crimes previstos no artigo 299 do Código Penal.

De acordo com os autos, os acusados emitiam notas fiscais sem lastro fiscal para simular prestações de serviços da empresa Wlhad Prestação de Serviços à empresa SMP&B Comunicação. As notas foram emitidas entre agosto de 2001 e novembro de 2003.

Ele informou que sua atividade na empresa SMP&B era comercial e que viajava de segunda a sexta-feira, o que se pode confirmar nas agências de turismo que prestavam serviço para a empresa.

Marcos Valério ressaltou que os sócios Ramon Hollerbach Cardoso e Cristiano de Mello Paz exerciam total autonomia no dia-a-dia da empresa, por deterem 60% das quotas e não dependerem de qualquer autorização dele. Ele enfatizou também que não conhece a empresa Wlhad Prestação de Serviços ou mesmo os seus responsáveis e que as notas fiscais juntadas aos autos nunca passaram pelas suas mãos.

O publicitário declarou que tomou conhecimento das falsas notas fiscais através de sua diretora financeira, Simone Reis Lobo de Vasconcelos. “Trata-se de um jogo político, onde o meu nome foi utilizado de forma sórdida, por grupos que disputavam o poder neste país. Na Justiça terei a oportunidade de provar o que fiz e o que não fiz”, afirmou.

Rodrigo de Souza Simões, que seria interrogado junto com Marcos Valério, não compareceu. O juiz Walter Luiz de Melo solicitou que o juiz de Nova Lima (MG) citasse o acusado para interrogatório, estabelecendo 30 dias de prazo para cumprimento do ato.

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