Hora de explicar

Justiça quer saber motivos de a GE votar contra venda da Varig

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26 de julho de 2006, 10h42

Representantes do banco JP Morgan e da General Eletric Capital Aviation Services terão que informar oficialmente à Justiça do Rio de Janeiro quem orientou os votos contrários das 17 empresas de leasing que rejeitaram a venda da Varig para a VarigLog, em assembléia de credores, há dez dias.

A decisão da assembléia acabou anulada dia 18, por decisão do juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio, porque “quando as empresas do grupo GE votaram já haviam cedido os seus créditos para investidores no mercado secundário americano”. Inicialmente, a informação tem que ser dada até quinta-feira (28/7), em resposta a pleito do Ministério Público.

Nesta terça-feira, retornou ao Rio e ao processo o juiz Ayoub, depois de passar quatro dias de férias com a mulher numa praia do Nordeste. Segunda-feira, a ex-subsidiária da Varig depositou os US$ 75 milhões previstos no edital de venda, recursos que serão utilizados para manter as operações da companhia nesse período difícil de transição.

Na mesma segunda-feira, o advogado Geraldo Quintão, em nome da Federação Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil, esteve reunido com o presidente da Varig, Marcelo Bottini, discutindo a situação dos empregados da empresa — a maioria recebeu apenas parte dos salários de abril, maio e junho.

Tratou-se na reunião, também, dos custos de rescisões trabalhistas que certamente ocorrerão a partir da decisão do novo dono da companhia, em trabalhar com um número bem menor de pessoas, algo em torno de 2 mil empregados. Segundo a administradora judicial Delloitte, a despesa com rescisões futuras gira em torno de R$ 170 milhões.

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