Versão e fatos

Christian Cravinhos muda depoimento para reduzir pena

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19 de julho de 2006, 22h31

Christian Cravinhos prestou novo depoimento, na noite desta quarta-feira (19/6), para mudar a versão até agora apresentada no caso da morte do casal Marisia e Manfred von Richthofen. Ele é acusado juntamente com o irmão Daniel Cravinhos e Suzane Richthofen de planejar e matar os pais dela na casa em que a família vivia, na zona sul da capital paulista.

Até esta quarta-feira, terceiro dia de julgamento, Daniel insistiu em assumir a autoria do crime. Ele afirmou que foi o único responsável pelas pancadas que mataram o casal, que dormia no momento do crime, e o irmão assistiu a cena. Cristian afirmou que não teve participação no crime.

Neste novo depoimento, Cristian desmentiu a versão e confessou ter batido com as barras de ferro em Marísia. O co-réu chorou em quase todo o tempo em que apresentava a versão. Pediu desculpas por ter mentido na segunda-feira (17/7) e que voltava atrás pelo amor que tinha a família, aos amigos e ao filho

O pedido de novo depoimento foi feito pelo Ministério Público com base no artigo 196 do Código de Processo Penal. O artigo 196 diz que “a todo tempo o juiz poderá proceder a novo interrogatório de ofício ou a pedido fundamentado de qualquer das partes”.

Para o MP, houve divergências da fase de instrução e, por isso, houve um acordo com Christian para o novo depoimento. A defesa concordou e o juiz Alberto Anderson Filho acatou a solicitação do MP. Christian pode ter pena reduzida por prestar novo depoimento.

Júri

Os três réus foram denunciados pelo Ministério Público por duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. Christian Cravinhos, especialmente, também responde por furto no mesmo processo. O crime aconteceu em outubro de 2002.

A estratégia traçada pela defesa dos irmãos Cravinhos é de que foi Suzane quem arquitetou o plano. Os advogados da jovem afirmam o contrário: para eles, Suzane sempre foi inocente e não poderia ter planejado o assassinato dos pais, porque se relacionava muito bem com eles.

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