Venda da Varig

Assembléia de credores da Varig é adiada para a tarde desta segunda

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17 de julho de 2006, 14h00

Prevista inicialmente para as 9h desta segunda-feira (17/7), em primeira convocação, e para as 11h em segunda chamada, a assembléia dos credores da Varig acontecerá somente às 15h. Representantes de estatais, fundo de pensões e empresas de leasing ainda examinam a proposta de compra feita pela VarigLog, ex-subsidiária da companhia aérea.

Como a entidade Trabalhadores do Grupo Varig foi impedida de participar do processo, os empregados terão que votar individualmente a proposta, que prevê a demissão de cerca de 9 mil pessoas. Caso a assembléia recuse a proposta, a falência da Varig poderá ser decretada. Se houver sinal verde, haverá novo leilão, na quarta-feira (19/7).

Está na mesa dos negociadores a divisão da companhia em duas partes. A Varig “boa” terá no máximo dois mil trabalhadores. Já a Varig “velha” herdaria dívidas que passam de R$ 7 bilhões. Esta teria ainda uns 50 trabalhadores, um avião que faz a linha São Paulo-Recife, o centro de treinamento e o fretamento de aeronaves. Tudo somado significaria receita anual da ordem de R$ 20 milhões.

A VarigLog já injetou cerca de US$ 13 milhões dos US$ 20 milhões disponibilizados para manter a Varig operando até a realização de um novo leilão. O valor será descontado na hora da compra da empresa e servirá como base para a participação de outros investidores interessados na Varig. Os possíveis concorrentes deverão depositar antecipadamente US$ 24 milhões para participar da operação, cobrindo o montante da VarigLog, acrescido de multa de 20%.

Com relação às dívidas dos trabalhadores e do fundo Aeros, um dos pontos mais sensíveis da proposta, a oferta estabelece que elas poderão ser pagas de duas maneiras: R$ 100 milhões em forma de debêntures (títulos da dívida que podem ser trocados por dinheiro ou ações) durante dez anos ou R$ 82 milhões em debêntures à vista.

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