Pedida instauração de inquérito contra deputada do PT de Goiás
13 de julho de 2006, 17h09
O procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, pediu ao Supremo Tribunal Federal a instauração de inquérito para investigar a deputada federal Neyde Aparecida da Silva (PT-GO). A suspeita é de crime de falsidade ideológica.
O pedido foi feito depois que o Ministério Público de Goiás apurou o processo de demissão por abandono de cargo contra Delúbio Soares, ex-dirigente do PT. De acordo com o MP, Neyde Aparecida era presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás, no período em que Delúbio recebeu o salário de professor, mesmo sem ter prestado o serviço.
O Ministério Público afirma que há indícios de que a deputada tenha falsificado as declarações de freqüência necessárias para o recebimento do benefício.
Na ação, o procurador-geral pede que os autos sejam encaminhados à Polícia Federal para a diligência em, no máximo, 60 dias. A intenção é fazer com que Delúbio Soares e Neyde Aparecida contem sobre suas situações funcionais no período de janeiro de 1993 a dezembro de 2001.
O procurador-geral solicita, ainda, que a Secretaria de Educação do Estado de Goiás envie cópia de todas as declarações de freqüência emitidas pelo sindicato em favor de Delúbio e a folha de antecedentes penais da deputada. O pedido foi distribuído ao ministro relator Marco Aurélio.
INQ 2.382
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