Violência organizada

Ataques atribuídos ao PCC provocam cinco mortes em São Paulo

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12 de julho de 2006, 10h54

Uma nova onda de ataques atribuídos à organização criminosa Primeiro Comando da Capital ocorreu na madrugada desta quarta feira em diversos pontos da região metropolitana de São Paulo e no litoral paulista. Informações da Polícia Militar dão conta de 48 ataques que resultaram em cinco mortes. Também foram registrados incêndios de 16 ônibus coletivos.

Os ataques ocorrem quase dois meses depois da primeira investida supostamente patrocinada pelo PCC que causou pânico em todo o estado com o assassinato de mais de 200 pessoas, atentados contra prédios e bens públicos e privados, além de uma série de rebeliões em presídios.

Os alvos dos ataques foram agências bancárias, as residências de três policiais militares, um prédio da Prefeitura de São Paulo, a Câmara Municipal do município de Santa Isabel, Distritos Policiais e postos da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Houve ainda incêndios em estabelecimentos comerciais, revendas de veículos, tiros e explosivos jogados contra dois supermercados, postos de gasolina e contra o Sindicato da Construção Civil.

Nos ataques um policial morreu na hora, além do filho de um agente penitenciário e um vigia. Segundo informações do secretário de Adminitração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto, outros dois vigilantes foram mortos no Guarujá, no litoral sul.

Na nova leva de ataques do crime organizado, foram queimados também 16 ônibus, na Grande São Paulo e na Baixada Santista. Dos cinco ônibus incendiados no litoral, dois estavam circulando, mas ninguém ficou ferido. Os outros três estavam em garagens. Na capital paulista, ao lado de um dos veículos queimados, foi deixada uma grande faixa de pano com a seguinte inscrição: “fim da opressão carcerária”.

Não há registro de ataques após as 7 horas da manhã desta quarta-feira (12/7).

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