Segurança máxima

Ajufe é contra divulgação de transferidos para Catanduvas

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12 de julho de 2006, 18h04

As insistentes especulações sobre o nome dos presos que serão transferidos para o presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná, aumentam o clima de tensão entre a população carcerária. A opinião é do presidente da Ajufe — Associação dos Juízes Federais do Brasil, Walter Nunes.

Em nome dos juízes federais, Walter Nunes, defende cautela na divulgação antecipada da lista dos transferidos. Segundo ele, a crise nos presídios já trouxe “conseqüências extremamente negativas para a sociedade” e a divulgação da lista em nada pode contribuir com a segurança da sociedade.

O pedido de Nunes foi feito depois da notícia de uma nova onda de atos criminosos atribuídos à organização criminosa Primeiro Comando da Capital. Na madrugada desta quarta-feira (12/7), 48 ataques foram registrados pela Polícia Militar, em diversos pontos da região metropolitana de São Paulo e no litoral paulista. O resultado foram cinco mortes, inclusive a de um policial militar e 16 ônibus incendiados.

Os ataques ocorrem quase dois meses depois da primeira investida supostamente patrocinada pelo PCC que causou pânico no estado de São Paulo. Foram assassinadas mais de 200 pessoas. Também houve atentados contra prédios e bens públicos e privados, além de uma série de rebeliões em presídios.

De acordo com o secretário de Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, os atentados podem estar vinculados ao possível plano de transferência de líderes da facção criminosa PCC para a penitenciária federal de Catanduvas.

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