Pressa da aposentadoria

Mulher acusada de se passar por advogada é indiciada

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4 de julho de 2006, 18h54

Sebastiana Luiza Liduenha, acusada de se passar por advogada e cobrar por falsa assistência junto ao INSS em São José do Rio Preto , interior de São Paulo, foi indiciada por estelionato.

Segundo o inquérito, no cartão de apresentação, Sebastiana usava o nome de Tânia. Trinta pessoas foram ouvidas e, segundo elas, Sebastiana prometia facilitar o processo de aposentadoria junto ao INSS. As informações são da Agência Globo.

Segundo uma das vítimas, a falsa advogada cobrou R$ 1,5 mil para aposentar o marido dela. Quando percebeu que era um golpe, foi ao INSS e descobriu que não havia processo de aposentadoria em nome do marido. Com muita dificuldade conseguiu recuperar os documentos pessoais e a carteira de trabalho que estavam com a falsa advogada.

De acordo com o delegado que investiga o caso, Rubens Cardoso Machado Junior, o prejuízo das famílias que afirmaram ter caído no golpe chega a R$ 50 mil. A falsa advogada confirmou que, há cerca de cinco meses, atuava para conceder benefícios aos aposentados, mas informou que nunca trabalhou como advogada. Ela alegou que prestava serviço para três advogados da cidade.

Sobre o indiciamento por parte da Polícia, Sebastiana disse que vai aguardar a decisão da Justiça. Ela acredita que pode ser absolvida, já que parte dos processos protocolados por ela já foi concluída pelo INSS e os segurados já recebem o benefício.

Verdadeiro processo

O INSS esclareceu que não há necessidade de se ter um intermediário na hora de requerer o benefício. Isso pode ser feito pelo próprio segurado nas agências do Instituto.

De acordo com o INSS, não existe qualquer forma para agilizar o processo de concessão de benefício. Nas agências do INSS há cartazes para orientar os segurados sobre essa questão. Quem tem dúvidas deve procurar uma agência para obter mais informações.

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