Prisão preventiva

Ex-diretor de presídios de São Paulo continua preso

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6 de janeiro de 2006, 9h24

A Justiça paulista decretou nesta quinta-feira (5/1) a prisão preventiva do coordenador afastado de 33 presídios da região central do estado, João Batista Paschoal e de mais três pessoas. Paschoal estava preso temporariamente desde 27 de dezembro, acusado de participar da venda de transferência de presos da facção criminosa PCC. A decisão foi do juiz Fabio Aguiar Munhoz Soares, do Dipo. Com a decisão, eles ficarão detidos por tem tempo indeterminado.

O caso da venda de transferência de presos para outros presídios era investigado pela polícia desde agosto. Além de João Batista estão presos uma advogada, um ex-presidiário e um preso em liberdade condicional. Segundo as investigações, comandadas pelo Deic — Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado, detentos pagavam aos acusados para serem transferidos para presídios de menor segurança, onde era possível contato com outros criminosos ou até mesmo resgates. A advogada oferecia os serviços por até R$ 8 mil.

João Batista Paschoal comandava 33 presídios onde cumprem pena cerca de 35 mil presos. Há mais de 30 anos na Secretaria da Administração Penitenciária, ele estava a um ano de se aposentar. O cargo de Paschoal foi assumido interinamente por Hugo Berni Neto, até então diretor da Penitenciária 2 de Sorocaba.

Na terça-feira (3/1), o desembargador Luiz Carlos Ribeiro dos Santos, presidente da Seção Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou habeas corpus a João Batista Paschoal.

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