Política afirmativa

Primeiro cotista negro começa a trabalhar no STJ

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5 de janeiro de 2006, 14h30

O primeiro cotista negro do convênio assinado entre o Superior Tribunal de Justiça e a Universidade de Brasília começou a trabalhar na quarta-feira (4/12), na Biblioteca do Tribunal.

Marcelo Silva Nascimento, estudante do segundo semestre de Biblioteconomia da UNB, será o primeiro dos 40 estagiários cotistas que o STJ irá admitir em seus quadros, a partir deste ano. O acordo de cooperação foi assinado pelo presidente do STJ, ministro Edson Vidigal, e pelo reitor Timothy Mulholland, em novembro de 2005.

Segundo Marcelo Nascimento o trabalho “é uma chance de aprender na prática. Além disso, o valor da bolsa é muito razoável”, comenta. Segundo ele, algumas pessoas ainda têm preconceitos contra os cotistas, por acharem que o mérito de entrar na universidade pela cota é menor.

Atualmente, 20% das vagas da Universidade de Brasília são destinadas a alunos negros. A instituição é uma das pioneiras no país na adoção da política de cotas e conta atualmente com mais de mil estudantes cotistas. Já o STJ é o primeiro órgão do Judiciário a abrir vagas específicas para universitários negros.

As bolsas são de R$ 600 e até o momento 65 alunos da UNB já se inscreveram no programa. Os alunos são encaminhados pela universidade por intermédio de um convênio com o CIEE — Centro de Integração Empresa-Escola.

Os interessados devem ser cadastrados no Centro de Convivência Negra na UNB, que encaminhará os currículos para o CIEE. Posteriormente, o próprio STJ fará as entrevistas de seleção. São esperados principalmente estagiários de cursos como Direito, Biblioteconomia, História e Comunicação Social, de um total de dez áreas acadêmicas.

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