Desemprego em família

MP de Alagoas começa a demitir parentes de promotores

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5 de janeiro de 2006, 18h51

O Ministério Público de Alagoas iniciou o processo de exoneração de parentes de procuradores e de promotores que estejam ocupando cargos comissionados. As demissões obedecem à resolução do CNMP — Conselho Nacional do Ministério Público que proíbe o nepotismo no MP.

A primeira leva de demissões atingiu 13 funcionários. Até o próximo dia 14, quando termina o prazo fixado pelo o CNMP para as demissões, devem ser exonerados cerca de 60 assessores comissionados que têm parentesco com procuradores ou promotores. Este é o número estimado pelo procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca.

Já foram publicados no Diário Oficial a nomeação de cinco pessoas para ocupar as vagas abertas no MP. Coaracy Fonseca explicou que os novos assessores tiveram que assinar uma declaração de que não têm parentesco de nenhum grau com procuradores ou promotores de Justiça em Alagoas, nem com proprietários ou acionistas de empresas que prestem qualquer tipo de serviço ao Ministério Público.

Grande família

Dos 17 procuradores de Justiça que atuam no Ministério Público de alagoano, 16 nomearam parentes para cargos comissionados em seus gabinetes ou na estrutura da Procuradoria Geral de Justiça. Segundo informações da OAB, o único que não nomeou parentes foi o procurador-geral Coaracy Fonseca.

Já foram exonerados 13 funcionários: Adriana Madeiros Pirauá, Juliana Medeiros Pirauá, Flávia Soares de Lima, Maria de Fátima Braga Freitas Melo, Katherine Maria Cajueiro Camerino, Rosa Cecília Gama Lins de Araújo, Maria da Conceição Santos Torres, Mara Lúcia Gomes Siqueira, Christiani Costa de Arecippo, Camila Costa de Arecippo, Carla Costa de Arecippo, Iolita Marques de Lira e José Marques Vieira Sobrinho.

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