Operação Azahar

PF faz operação para investigar envolvidos com pedofilia

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21 de fevereiro de 2006, 18h12

Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, a Operação Azahar para combater a pedofilia em 11 estados. No Rio, um jovem de 17 anos morreu ao se jogar de um prédio na Rua Visconde de Itamarati, no Maracanã, zona norte, aparentemente assustado com a chegada dos policiais. Não havia mandado de prisão contra ele, apenas de busca e apreensão. Neste endereço, estava um dos computadores rastreados pela polícia. Muito abalado com a morte do filho, o pai disse apenas que o adolescente havia passado a noite no computador e que por isso deve ter ficado desnorteado com a chegada dos policiais.

De acordo com a assessoria da Polícia Federal, o trabalho começou na Espanha com o rastreamento de computadores por meio dos quais internautas brasileiros trocavam imagens de crianças e adolescentes em situação pornográfica.

A ação ocorreu simultaneamente em quase 30 países, entre os quais estão Argentina, Chile, Uruguai, Perú, Venezuela, República Dominicana, Panamá, México, Estados Unidos, Espanha, Portugal, França, Itália, Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Noruega, Grécia, Polônia, Estônia, Lituânia, República Checa, Rússia e Israel. Somente na América do Sul e nos Estados Unidos a operação tem 130 alvos.

A operação prevê o cumprimento de 30 mandados de busca e apreensão. No Rio, dos 10 mandados expedidos pela Justiça, cinco já foram cumpridos até o momento. Cerca de 50 policiais federais participam da operação no estado. Não há mandados de prisão expedidos no Brasil.

Além do Rio, estão sendo cumpridos mandados nos seguintes estados: São Paulo, Pará, Sergipe, Paraíba, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal no Rio de Janeiro.

O crime está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

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