Chumbo grosso

MPF entra com ação contra Conselho Federal de Enfermagem

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20 de fevereiro de 2006, 15h14

Peculato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, interceptação telefônica ilegal, advocacia administrativa (uso de cargo público para atender interesse privado) e formação de quadrilha. Todos estes crimes foram praticados pelos dirigentes do Conselho Federal de Enfermagem nos últimos cinco anos, segundo ação civil Pública, com pedido de liminar, impetrada hoje pelo Ministério Público Federal contra a autarquia classista.

Com base em investigações conduzidas pela Polícia Federal, o MPF estimou em R$ 5 milhões, no mínimo, o total desviado dos cofres do Cofen. O promotor Edson Abdon pediu ao Ministério do Trabalho e Emprego que intervenha imediatamente no conselho. Fortes indícios de irregularidades também foram constatados em representações instaladas em alguns Estados.

Além de pedir o afastamento da diretoria eleita para o período 2003/2006, o Ministério Público solicitou na liminar que a Justiça federal apure a regularidade das eleições dos conselhos regionais, marcadas para o dia 3 de abril: “Há dez anos ocorre um revezamento nos cargos de direção do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais”, assegura o procurador Abdon, informando que o acordo envolve participantes que são réus em duas ações penais movidas pelo MPF no ano passado.

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