Brilhante clandestino

PF faz operação contra contrabando de diamantes no Rio e MG

Autor

10 de fevereiro de 2006, 17h06

Com o objetivo de combater o contrabando de pedras preciosas em vários estados do país, a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público Federal deflagraram operação conjunta batizada de Carbono. Até o momento a operação prendeu seis suspeitos. Ao todo foram expedidos 11 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão. As informações são da Polícia Federal e da Agência Brasil.

A maior parte das ações se desenvolve em Minas Gerais, mas há buscas e prisões também no Rio de Janeiro e Mato Grosso. Há um ano e meio, a Polícia Federal investiga um esquema de comércio clandestino de diamantes, articulado por empresários do ramo, com o auxílio de contadores, doleiros e servidores do Departamento Nacional de Produção Mineral.

O Departamento é responsável pela emissão do certificado que atesta a origem e a legalidade da extração das pedras. Durante as investigações da PF foi constatado que, muitas vezes, as pedras são extraídas de garimpos ilegais nas regiões norte e centro-oeste do país, ou mesmo no exterior, e posteriormente são atestadas por certificados falsos. Há indícios de que algumas dessas pedras sejam provenientes de áreas de conflito na África, onde estão localizadas algumas das maiores jazidas de diamantes do mundo.

A operação combate, além do contrabando de pedras preciosas, os crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e evasão de divisas. Dentre os investigados há pessoas cujos nomes constam de registros da Agência Anti-Drogas dos Estados Unidos (DEA — Drugs Enforcement Agency), e de advertências da ONU e da Interpol.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!