Questão de segurança

Pimenta Neves não está foragido, afirmam advogados

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14 de dezembro de 2006, 13h43

O jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves não está foragido. Está apenas esperando que a Justiça garanta sua integridade física para se entregar. A afirmação é da defesa de Pimenta Neves, feita pelos advogados Carlo Frederico Müller e Ilana Müller. “Ele não pretende fugir, quer segurança.”

Carlo afirma que logo após o julgamento da apelação enviou petição ao desembargador Ciro Campos, presidente da 10ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, pedindo uma audiência para negociar as condições de entrega de seu cliente. Mas ainda não obteve resposta.

“No júri em Ibiuna houve manifestações violentas. Os vidros do carro blindado alugado para transportar meu cliente, por exemplo, foram trincados e as portas chutadas”, afirma, justificando o pedido de audiência com o TJ paulista. “Houve, inclusive, ameaças de morte.”

Cópia do pedido foi enviada ao relator da apelação, desembargador Carlos Bueno. A Justiça de Ibiúna também foi informada dos procedimentos.

Mandado de prisão

Os advogados também entraram com pedido de Habeas Corpus nesta quarta-feira (13/12) no Superior Tribunal de Justiça, contra a decisão de prender o jornalista. A relatora é a ministra Maria Thereza de Assis Moura, da 6ª Turma do STJ.

Há grandes possibilidades de o pedido de liminar ser deferido. Isso porque a 6ª Turma tem jurisprudência no sentido de que, enquanto não transitar em julgado a decisão condenatória, não cabe a prisão.

Nesta quarta, por unanimidade, os desembargadores paulistas reduziram a pena de Pimenta Neves, de 19 anos e dois meses, para 18 anos de prisão, porque o réu confessou o crime. O TJ paulista também determinou a expedição de mandado de prisão contra ele.

Pimenta Neves foi condenado pelo assassinato da ex-namorada, a também jornalista Sandra Gomide. O crime aconteceu em 20 de agosto de 2000, na cidade de Ibiúna, interior de São Paulo.

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