Troféu da luta

Grijalbo Coutinho é premiado por combate ao trabalho escravo

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9 de dezembro de 2006, 6h00

O juiz trabalhista Grijalbo Coutinho, atual presidente da Associação Latino-Americana dos Juízes, receberá, na segunda-feira (11/12), o prêmio João Canuto, oferecido pelo Movimento Humanos Direitos. Coutinho, ex-presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), foi reconhecido pelo combate ao trabalho escravo e pela luta pelos direitos sociais dos trabalhadores.

O troféu é concedido anualmente para entidades e personalidades que têm se destacado na defesa dos direitos humanos. “Devo reconhecer que a homenagem é fruto do trabalho incansável da Anamatra em defesa dos direitos humanos e da luta para criar elementos fundamentais para uma nação democrática nos parâmetros de uma sociedade capitalista”, afirmou Grijalbo Coutinho.

Para ele, a homenagem é extensiva aos mais de 3,5 mil juízes trabalhistas do Brasil. “O prêmio é resultado direto do engajamento da entidade maior, a Anamatra, e de todos os juízes trabalhistas por uma causa capaz de provocar sentimento tão extraordinário que deveria comover até o mais insensível egoísta habitante do planeta terra, qual seja, a da incessante busca pelo respeito ao primado dos direitos humanos.”

A entrega do troféu a Grijalbo Coutinho será feita pela filha de João Canuto, Luiza Canuto, no 4º Fórum Nacional de Direitos Humanos, que ocorre no Rio de Janeiro.

João Canuto foi o primeiro presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Maria, município do sul do Pará. Foi assassinado no dia 18 de dezembro de 1985 com 18 tiros, disparados por dois pistoleiros contratados por latifundiários. A luta de João Canuto é referência pela democracia no campo, na cidade e de todos os trabalhadores.

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