Novo julgamento

Ex-deputado Hildebrando Pascoal vai a júri na próxima semana

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22 de agosto de 2006, 11h42

O ex-deputado do PFL do Acre, Hildebrando Pascoal, vai a novo julgamento no júri da Justiça Federal do Distrito Federal, na segunda-feira (28/8). O processo contra o ex-deputado corre na 12ª Vara Federal. Ele está preso desde de 1999 por participação em tráfico de drogas e homicídios.

Hildebrando e mais dois acusados — João Souza e Reginaldo Rocha — serão julgados pelo assassinato de Sebastião Crispim, soldado do Corpo de Bombeiros no Acre. Crispim foi morto a tiros em setembro de 1997 quando participava de uma festa no bairro sobral em Rio Branco. Hildebrando é acusado de ser o mandante do crime.

Em maio deste ano, outros quatro acusados de envolvimento no caso foram julgados no júri. Na ocasião, Hildebrando também deveria ter sido julgado, mas seu advogado desistiu da defesa em cima da hora. A sessão começou no dia 2 de maio e terminou no dia 5 do mesmo mês. Foram condenados os ex-policiais Alexandre Alves da Silva, Alex Fernandes Barros e Raimundo Alves de Oliveira por homicídio triplamente qualificado. Outro acusado, Ronaldo Romero, foi absolvido por falta de provas de sua participação no crime.

Como no início deste ano, Hildebrando Pascoal está novamente sem defesa. Na segunda-feira (21/8), seu advogado deixou o caso. Para não prejudicar o júri já marcado para a próxima segunda-feira, o juiz da 12ª Vara Federal do Distrito Federal nomeou a Defensoria Pública da União para fazer a defesa dele. Tudo leva a crer que a destituição do advogado foi uma estratégia para adiar mais uma vez o julgamento. Os três acusados serão representados pela DPU.

Memória

Hildebrando Pascoal foi cassado em 1999 depois de ser investigado pela CPI do Narcotráfico e pelo Ministério Público Federal. Em março de 2005, foi condenado a 25 anos e seis meses de prisão pelo júri por homicídio triplamente qualificado. O ex-parlamentar foi acusado de ser o mandante do assassinato do policial civil Walter José Ayala, em 1997. Outras cinco pessoas responderam pelo mesmo crime.

Hildebrando também foi acusado de liderar um grupo de extermínio no Acre, integrar esquema de crime organizado para tráfico de drogas e roubo de cargas. Já foi condenado por tráfico, tentativa de homicídio e corrupção eleitoral. Atualmente, o ex-deputado está preso na Unidade de Readaptação Prisional Antônio Amaro Alves, no Acre.

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