Ninho de cobras

Academia paulista incorpora Rosas e reverencia Asfor

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21 de agosto de 2006, 23h05

Uma singela e rápida homenagem a dois craques do Direito serviu para celebrar a vitalidade do mundo jurídico brasileiro nesta segunda-feira, em São Paulo. A Academia Paulista de Direito “naturalizou” um carioca e um cearense* para dar a um a condição de “membro correspondente” e a outro uma menção honrosa.

O correspondente é o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Roberto Rosas, o merecedor da menção honrosa, o ministro do Superior tribunal de Justiça e corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, Cesar Asfor Rocha.

Poderia ser uma dessas solenidades protocolares, cheias de confetes e serpentinas, não fossem as duas figuras dois notáveis articuladores do mundo do direito, ativistas da modernização do sistema judicial — ainda que nos bastidores.

A história, como se sabe, joga luzes sobre generais que se consagram como donos das vitórias, mas, regularmente, omite, para efeitos de simplificação, o alto comando e os estrategistas que, na penumbra, são os verdadeiros artífices dos avanços e das conquistas.

A metáfora acima pode parecer um tanto retumbante para uma homenagem regular, como a da Academia Paulista de Direito. Mas não deixa de ser verdadeira.

Não por acaso, o reconhecimento dos méritos de Roberto Rosas e Asfor Rocha foi prestigiado por renomados generais do Direito como Roque Carraza, padrinho das homenagens e presidente da APD; a presidente do TRF-3, Diva Malerbi; o diretor da Faculdade de Direito da USP, Grandino Rodas; o ministro do STJ, Jorge Scartezzini; os ex-presidentes das OABs paulista e Nacional, Rubens Approbato e Mário Sérgio Duarte Garcia; e, entre outros juízes e advogados de grande renome como Fábio Prieto, Antônio Carlos Mendes, Joaquim Portes de Cerqueira César, Alberto Toron e Manuel Alceu Affonso Ferreira.

Diferentemente de homenagens mais protocolares, os discursos foram curtos, os aplausos mais demorados e os abraços mais calorosos ainda. Os colares acadêmicos entregues, não brilharam mais que as homenagens às quais este site, excepcionalmente, se associou.

*Na primeira versão deste texto, o ministro Cesar Asfor Rocha foi qualificado como alagoano. Na verdade, o ministro é de Fortaleza, Ceará.

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