Viagem liberada

TRF-3 concede liberdade a gerente do Credit Suisse

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20 de agosto de 2006, 11h23

O suíço Peter Schaffner, responsável no Brasil pelo banco Credit Suisse, vai sair da prisão. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região acolheu o seu pedido de Habeas Corpus. A medida determina ainda a devolução de seu passaporte e o autoriza a voltar para a Suíça. Ele é acusado de evasão de divisas e formação de quadrilha junto com outros seis gerentes do banco. As informações são da Folha de S. Paulo.

A decisão do TRF-3 também determina que Schaffner compareça a todos os atos do inquérito e de eventual ação penal. Ele foi representado pelos advogados Alex Leon Ades e Octávio Aronis.

Schaffner foi preso em março, no aeroporto internacional de São Paulo, quando tentava fugir do país. A sua prisão foi decretada pelo juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, especializada em crimes financeiros. Segundo o juiz a saída do economista do país poderia prejudicar ou frustrar a reunião de provas contra o Credit Suisse, de acordo com a alegação apresentada pelo Ministério Público Federal. Schaffner era considerado uma peça-chave do suposto esquema de remessa de dólares.

Depois de quatro meses de escutas telefônicas autorizadas, a Polícia Federal começou a desmantelar o esquema com uma ação de busca e apreensão na agência do banco na avenida Faria Lima (zona oeste da capital paulista). Delegados e agentes da polícia ocuparam o edifício e apreenderam caixas de documentos e discos rígidos de computadores. A casa de outro executivo do Credit Suisse em São Paulo também foi alvo de ação de busca e apreensão na ocasião.

A investigação apurava suposto crime contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e envio ilegal de divisas ao exterior. Outra suspeita da Polícia era a de que o escritório de “private banking” (voltado a clientes de elevado rendimento) do Credit Suisse em São Paulo operasse com doleiros para enviar recursos para o país europeu. Esse escritório não tem relação com o banco, que atua especialmente na área de investimentos. Oficialmente, o setor de “private banking” chama-se Credit Suisse Representações. O escritório atua de forma autônoma, subordinado à Suíça.

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