Parada milionária

MP quer idenização de 70 milhões por greve de metroviários

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17 de agosto de 2006, 13h56

O Ministério Público do Estado de São Paulo determinou, no fim da manhã desta quinta-feira (17/8), o início de uma investigação que tentará coletar provas materiais e circunstanciais para fundamentar uma Ação Civil Pública contra o Sindicato dos Metroviários de São Paulo e contra o seu presidente, que declarou à imprensa ter sido política, e não trabalhista, a greve que parou São Paulo, há dois dias. A investigação é comandada pelo promotor de Justiça da Cidadania, Saad Mazloum.

Mazloum é taxativo. “Essa greve constituiu exercício ilegal de protesto, foi uma greve que exorbitou todos os parâmetros, uma greve que feriu os interesses da coletividade, por isso o morador de São Paulo merece uma resposta da Justiça, sob a forma de reparação de danos morais e materiais”, diz Mazloum.

Ele estima que, em decorrência dessa investigação contra o Sindicato dos Metroviários, será iniciada uma Ação Civil Pública que pleiteará, no mínimo, a soma de RS$ 70 milhões. A greve atingiu cerca de 2 milhões de paulistanos, segundo Mazloum “muito diretamente”.

Segundo Mazloum, a soma de R$ 70 milhões pode parecer absurda, mas não é. No ano passado, em decorrência de ter promovido uma passeata numa grande avenida paulistana, o Sindicato dos Despachantes de São Paulo logrou uma sentença, transitada em julgado, que gerou uma perda de RS$ 300 mil para a entidade de classe.

“A greve deles prejudicou 1,3 mil pessoas. Perderam na Justiça esses RS$ 300 mil, que estamos executando agora, sob a forma do confisco do prédio em que funciona o Sindicato dos Despachantes. Se pensarmos nisso, RS$ 70 milhões para uma greve que afetou 2 milhões de pessoas é uma soma justa”, explica Saad Mazloum.

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