Alvo nas eleições

PF vai investigar se Serra cometeu crime ao ligar PT ao PCC

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10 de agosto de 2006, 19h17

A Polícia Federal deve investigar se o candidato ao governo do estado, José Serra (PSDB-SP), cometeu crime eleitoral ao insinuar ligação entre o PT e a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O pedido para instauração de inquérito foi feito pela Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo.

A acusação é de que, no dia 13 de julho, Serra insinuou a ligação entre criminosos e o PT ao comentar os ataques ocorridos em São Paulo, que deixou mortos e feridos.

De acordo com o diretório estadual do PT, Serra cometeu os delitos previstos nos artigos 324, 325 e 326 do Código Eleitoral, que tratam respectivamente da prática de calúnia, difamação e injúria na propaganda eleitoral, bem como o crime previsto no artigo 323 do mesmo código, que trata da divulgação na propaganda eleitoral de fatos que se sabe inverídicos.

Reação do PT

O PT prometeu também processar o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro. Motivo: ele insinuou existir ligação entre a facção criminosa PCC — Primeiro Comando da Capital e o ex-secretário dos Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto (PT). A declaração foi dada, na segunda-feira (7/8), no programa Canal Livre, da TV Bandeirantes.

O partido também ofereceu notícia-crime ao Tribunal Superior Eleitoral contra o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, e o candidato a vice-presidente da República pela coligação Por um Brasil Decente (PSDB-PFL), José Jorge. O PT pediu que o Ministério Público Eleitoral instaure ação penal contra os dois representados pela prática de crimes contra a honra do partido e de seus filiados.

A notícia-crime foi assinada pelo presidente nacional do partido, Ricardo Berzoini. Ele citou declarações dos dois pefelistas, que teriam vinculado o PT aos casos de violência supostamente praticados pelo PCC em São Paulo.

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