Manipulação de jogos

Justiça recebe denúncia contra envolvidos na máfia do apito

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27 de abril de 2006, 17h25

A juíza Antonia Brasilina de Paula Farah, da 2ª Vara Criminal de Jacareí (SP), recebeu denúncia contra sete pessoas envolvidas na chamada máfia do apito — esquema de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro de 2005. Entre os acusados está o ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, que confessou sua participação. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça paulista.

Os réus vão responder a processo pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha ou bando e falsidade ideológica. A magistrada determinou o interrogatório de Edílson para o próximo dia 19, às 13h. Os demais acusados — Nagib Fayad (o Gibão), Paulo José Danelon, Vanderlei Antonio Pololi, Daniel Gimenes, Fernando Francisco Catarino e Pedro Rocha Brites — serão citados e interrogados por meio de carta precatória.

No ano passado, reportagem publicada pela revista Veja acusou Edílson Pereira de Carvalho de manipular o resultado de 11 jogos a pedido de apostadores, que ganhavam dinheiro em sites. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva anulou os 11 jogos dirigidos por ele.

O Ministério Público apurou que a quadrilha, contando com a atuação de dois árbitros de futebol, fraudou o resultado real das partidas que eram objetos de apostas agenciadas pela própria quadrilha.

“A fraude, então, consistia em passar credibilidade na captação das apostas, supondo, as vítimas, induzidas em erro, que os resultados dependeriam exclusivamente da superioridade de um time sobre o outro. Não raro, Edílson Pereira de Carvalho, era passado aos olhos das vítimas como árbitro insuspeito e de excelente qualidade técnica”, afirmam os promotores de Justiça na denúncia.

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