Relatório da Opressão

Jornalista Hélio Contreiras autografa AI-5 — A Opressão no Brasil

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22 de abril de 2006, 7h00

O jornalista Hélio Contreiras faz um noite de autógrafos, na próxima terça-feira (25/4), de seu livro AI-5 — A Opressão no Brasil, resultado de 25 anos de investigação. O evento será na Fnac da avenida Paulista, às 19 horas.

Após 38 anos, o livro relata a situação em que se encontrava o Brasil, após a instalação do Estado de Exceção e, depois, com a decretação do Ato Institucional 5 (AI-5) em 1968, que reduziu ainda mais os direitos dos cidadãos com perseguição a advogados, intelectuais, políticos, sindicalistas, jornalistas e sacerdotes. O Congresso Nacional passou a ter um papel reduzido e não podia legislar sobre matéria econômico-financeira.

AI-5 — A Opressão no Brasil acompanha o esquema de perseguição e a prática de tortura na Ditadura, quando cerca de dois mil políticos foram submetidos a longos interrogatórios. A situação se prolongou até o final da década de 70, fazendo vítimas como Vladimir Herzog e Manoel Fiel Filho.

Há, ainda, capítulos sobre a ditadura na Argentina e no Chile. O jornalista investigou o regime ditatorial do general argentino Leopoldo Galtieri e do chileno Augusto Pinochet.

O prefácio é do jurista e professor Dalmo de Abreu Dallari e tem apresentações dos advogados José Gregori, que foi ministro de Direitos Humanos e da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, e Clóvis Ramalhete, já falecido, autor da Lei da Anistia de 1979. Além de depoimento exclusivo de Evandro Lins e Silva, analisando o período em que os direitos dos cidadãos foram cassados.

O autor, Hélio Contreiras foi um dos repórteres que mais se aprofundou na cobertura de bastidores do regime militar. O jornalista obteve do general João Figueiredo — último presidente do regime militar — a revelação de que quem grampeou o gabinete presidencial na época. Contreiras é responsável por muitos furos de reportagem, como tortura de presos no início da década de 70, prisões ilegais, críticas do alto escalão militar ao regime, corrupção entre militares, rompimento de segredos de Estado, como na sucessão de Geisel.

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