Consultor Jurídico

Suzane não deve ganhar liberdade nos próximos dias

18 de abril de 2006, 18h51

Por Lilian Matsuura

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Suzane von Richthofen não deve sair da cadeia nos próximos dois dias. O desembargador Damião Cogan, da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, vai pedir informações ao juiz que decretou a prisão de Suzane antes de tomar qualquer decisão em relação ao pedido de liminar em Habeas Corpus impetrado pela defesa da jovem.

Os advogados de Suzane, Mário de Oliveira Filho e Mário Sérgio de Oliveira, apresentaram o pedido de liberdade no final da tarde desta segunda-feira (17/4). Mas, mesmo depois da chegada das informações, as chances de Suzane sair da prisão não são grandes.

Isso porque o desembargador Damian Cogan, egresso do Ministério Público, é conhecido por ser rigoroso e conceder poucas liminares em casos semelhantes ao de Suzane.

A prisão de Suzane foi decretada a pedido do Ministério Público de São Paulo e foi motivada pela entrevista que deu ao programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, e à revista Veja, no dia 9 de abril. Durante a entrevista, Suzane finge que chora e simula fragilidade e arrependimento.

Segundo o juiz Richard Francisco Chequini, que decretou a prisão, Suzane deve ficar presa para garantir a “perfeita ordem do julgamento da ré e dos demais acusados, uma vez que se nota a clara intenção de criar fatos e situações novas, modificando, indevidamente, o panorama processual”. Afirmou, também, que a prisão da jovem é necessária porque, em liberdade, Suzane ameaça a vida de uma das testemunhas, seu irmão Andreas. Os irmãos brigam na Justiça pela herança dos pais.