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Ministério Público denuncia tráfico de mulheres

1 de setembro de 2005, 20h47

Por Redação ConJur

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A Justiça Federal em Goiás recebeu denúncia contra uma quadrilha acusada de trafico de internacional de mulheres para fins de prostituição. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal à 5ª Vara Federal, que começa a interrogar os réus na próxima segunda-feira (5/9).

Foram denunciados o português Manoel da Silva, o espanhol José Gomes Barreiro além de João Ênio Rodrigues de Mendonça, Alisson Vitor Dias, Almir Ferreira da Silva, Rosely Vitor Dias Souza e Betânia de Jesus Dias. De acordo com a denúncia, os réus, de forma organizada e reiterada, promoveram, mediante falsas promessas de ganho fácil, a saída do território nacional de diversas brasileiras, para prostituição em casas noturnas localizadas na Espanha.

Em linhas gerais, a organização criminosa agia da seguinte forma: após solicitação de donos de casas noturnas européias, os integrantes da quadrilha que lá moravam contatavam os que aqui residiam. Em seguida eram arregimentadas moças no Brasil, mais especificamente em Goiânia. Com recursos do exterior, eram compradas as passagens e promovia-se o embarque das vítimas em vôos que partiam, em regra, do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, com escala em São Paulo e destino, especialmente, a Valência.

A quadrilha era comandada pelo português Manuel da Silva e pelo espanhol José Gomes Barreiro, que mantinham uma rede de aliciadores no Brasil, para captar as interessadas. Por cada mulher aliciada e enviada à Espanha a comissão do aliciador era em média de 300 euros. O esquema já teria enviado à Espanha aproximadamente 30 mulheres.

Em caso de condenação, as penas somadas podem chegar a 15 anos de reclusão.