Dano estético

Laboratório é condenado por imperícia em exame de sangue

Autor

1 de setembro de 2005, 14h14

O Instituto de Patologia Clínica Hermes Pardini foi condenado a indenizar um paciente por agir com imperícia na realização de um exame de sangue. A decisão é da 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Cabe recurso.

Segundo os autos, em agosto de 1998 a empresa que o paciente trabalhava contratou o laboratório para fazer exames de sangue e patologia clínica em seus funcionários. Um dos trabalhadores teve atingida uma artéria umeral — vaso arterial profundo, que transporta sangue arterial — provocando uma “fístula artério-venosa”.

Depois de 14 dias, o trabalhador foi submetido a uma cirurgia vascular corretiva, para recuperar o fluxo arterial e nervoso. Consta do processo que o braço ficou com uma cicatriz de sete centímetros, o que caracteriza dano estético, conforme ficou atestado por laudo pericial. A informação é do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

A 5ª Vara Cível de Belo Horizonte condenou o laboratório a pagar R$ 9 mil. A empresa recorreu ao TJ mineiro. Os desembargadores Antônio Sérvulo (relator), José Flávio de Almeida e Nilo Lacerda confirmaram a sentença. Segundo o relator, foi “devidamente comprovado que o trabalhador ficou com deformidade permanente, configurando o dano estético, dano este perfeitamente indenizável, em face da dor experimentada”.

Processo 2.0000.00.519113-1/000

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!