Coluna de fofocas

Jornalista é preso por usar coluna para coagir advogada

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27 de outubro de 2005, 13h47

O jornalista Arimatéia Azevedo, colunista do jornal O Dia de Teresina e proprietário do site Portal AZ, foi preso na quarta-feira (26/10). Ele é acusado coagir a advogada Audrey Martins Magalhães, que representa pessoas que o processam. A prisão preventiva foi determinada pelo juiz da 6ª Vara Criminal de Teresina, José Bonifácio Júnior.

A advogada entrou com o pedido de prisão preventiva alegando que Arimatéia passou a publicar notas pejorativas sobre ela na coluna Xico Pitomba com o intuito de fazê-la desistir de defender ações contra o jornalista. Na sua opinião, as notas são uma agressão moral, uma violência. “Sou vítima, fui violentamente agredida”, afirmou Audrey Magalhães.

A advogada chegou apresentar queixa-crime contra Arimatéia Azevedo por racismo contra a apresentadora Maia Veloso, da TV Meio Norte. O motivo foi uma nota publicada no Portal AZ, onde o colunista afirmou que o cabeleireiro e maquiador José Osmar Pereira Emídio, conhecido como Índio, havia morrido por ter “muito trabalho” para “clarear” a apresentadora. Índio morreu por causa de um infarto.

A prisão foi feita na redação do Portal AZ. Pela decisão do juiz, Arimatéia Azevedo não poderá ser colocado em liberdade com o pagamento de fiança. O juiz também determinou o fechamento do Portal AZ. A prisão do jornalista foi feita pelo próprio secretário Estadual de Segurança Pública, Robert Rios, que estava acompanhado de 10 policiais civis. O deputado estadual Xavier Neto (PL) acompanhou a prisão como advogado de defesa do jornalista.

Outro advogado de defesa do jornalista, Tiago Ribeiro Soares, já entrou com pedido de Habeas Corpus no Tribunal de Justiça do Piauí. Arimatéia Azevedo foi levado para a sede da Secretaria Estadual de Segurança Pública, no bairro Ilhotas, zona sul de Teresina. O jornalista está preso em uma sala ao lado do gabinete do secretário estadual de Segurança Pública.

Segundo o site da TV Meio Norte, Arimatéia responde a 38 processos por calúnia, difamação e danos morais em Teresina. O jornalista ainda é acusado de chantagear empresários e outras personalidades, divulgando “denúncias” em campanhas que seriam suspensas mediante pagamento.

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