Defasagem salarial

Advogados da União pressionam para reajuste de salário

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24 de novembro de 2005, 18h50

Advogados e defensores públicos da União entregaram nesta quinta-feira (24/11) ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Nelson Jobim, cópia de documento no qual pedem que os presidentes dos três Poderes apóiem o encaminhamento de anteprojeto de reajuste de remuneração dessas carreiras ao Congresso Nacional. A proposta está sob análise do Ministério do Planejamento desde maio.

A mobilização nacional dos advogados e defensores públicos começou no final de setembro. Eles alegam haver defasagem salarial em relação a outras carreiras jurídicas em nível federal e estadual, o que tem provocado uma evasão dos quadros, em razão dos salários. E também reclamam por instalações precárias e escassez de material de trabalho.

“Temos perdido cerca de 10 ou 15 advogados públicos por dia, que acabam migrando para o Ministério Público e, às vezes, até para as defensorias dos Estados e do Distrito Federal, em que as remunerações e condições de trabalho são melhores”, afirmou o presidente da Anauni — Associação Nacional dos Advogados da União, José Wanderley Kozima.

O presidente da associação explicou que, até a década de 90, os advogados públicos ganhavam mais que os juízes e membros do Ministério Público, mas atualmente recebem cerca da metade da remuneração dessas carreiras. A idéia da categoria é que, ao longo de quatro anos, fazer com que a diferença salarial seja de apenas 10%. Hoje, o salário inicial de um advogado da União é de R$ 8 mil.

Participaram da audiência no gabinete do ministro Jobim os presidentes da ADPU — Associação dos Defensores Públicos da União, da Anajur — Associação Nacional dos Membros das Carreiras da Advocacia Geral da União, da Anauni — Associação Nacional dos Advogados da União, da Anpaf — Associação Nacional dos Procuradores Federais, da Anprev — Associação Nacional dos Procuradores Federais da Previdência Social, da Apaferj — Associação dos Procuradores Federais no Estado do Rio de Janeiro, do Sinprofaz — Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional e do Sinproprev — Sindicato Nacional dos Procuradores da Previdência Social.

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