Sonegação geral

Operação da PF investiga fraudes de empresas de Natal

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17 de novembro de 2005, 14h57

A Polícia Federal cumpre, nesta quinta-feira (17/11), mandado de busca e apreensão em empresas de Natal acusadas de fraudar licitação e obter mais de R$ 16 milhões do governo do Rio Grande do Norte. O mandado foi expedido pelo juiz Walter Nunes, da 2ª Vara da Justiça Federal de Natal, a pedido do Ministério Público Federal.

As empresas investigadas são Emvipol — Empresa de Vigilância Potiguar, ADS — Sistemas Administrativos, Talento Construções e NTS — Natal Tecnologia e Segurança. A busca também é feita nas residências de sócios e empregados das empresas. A operação é resultado de uma investigação feita pelo MPF, pela PF e pela Receita Federal.

Segundo denúncia do Ministério Público Federal, as empresas citadas e seus responsáveis constituíram a firma de fachada Prest-Service — Prestadora de Serviços Gerais em nome de “laranjas”. Esta venceu fraudulentamente uma licitação e firmou contrato com o governo do estado para prestar serviços de higienização nos hospitais. A Prest-Service, então, recebia R$ 600 mil por mês. De março de 1999 a outubro 2002, o governo pagou mais de R$ 16 milhões para a empresa. O MPF afirma que o dinheiro era dividido entre os sócios das empresas acusadas.

Além disso, segundo o Ministério Público, a Prest-Service nunca pagou impostos nem recolheu contribuições sociais. O prejuízo à Fazenda Federal, referente à sonegação de imposto e contribuições previdenciárias, é estimado em mais de R$ 9 milhões.

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