Consultor Jurídico

‘Não há nada mais ecológico do que um homem separado’

11 de março de 2005, 10h12

Por Marco Antonio Birnfeld

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“Não há nada mais ecológico do que um homem separado: 27% vão para o leão, 25% para as piranhas, 33% de pensão para a jararaca e sobram 15% para o burro”. (Frase de um recurso de apelação, no foro de Sobral-CE).

Morreu, mas está vivo.

“Certifico e dou fé que deixei de intimar a testemunha João Eudes, por ter a mesma falecido. Não reside mais no endereço indicado, mas sim na cidade de Pau dos Ferros”. (De uma certidão de oficial de Justiça, proc. nº 001.00.001758-3, na comarca de Natal-RN)

Casa de quem?

Um vereador de Estância Velha (RS), na solenidade de inauguração do então novo prédio da Delegacia de Polícia da cidade, sobe ao palanque improvisado e começa: “Estamos aqui na Casa do Povo para a inauguração…”.

Preconceito

2004, primeiro semestre, aula de Ciência Política (antiga TGE), em importante faculdade de Direito do RS. O professor — pouco tolerante — aplicou uma prova objetiva de dez questões. Uma delas era bem simples: das assertivas a seguir, qual é um exemplo de ESTADO: a) Santa Catarina; b) África; c) Suíça; d) Brasília; e) Europa”.

Quando entregou a prova, uma estudante aborreceu-se ao ver que, instantaneamente, o professor deu a resposta dela (África) como errada — a correta seria Suíça. Questionado, o mestre explicou: “A África não é um País, não é um Estado”!

Ela retorquiu, quase enfurecida: “Tá vendo, o que é o preconceito com os negros? Isso é discriminação professor, nem mesmo o senhor que é advogado considera a África um País”!

Estupefação quase geral, o professor exaltado disse-lhe: “Criatura, a África é um continente”!

Mesmo assim, a quase formanda saiu da sala, foi embora e nunca mais apareceu. O professor contou no final do semestre que ela havia desistido do curso de Direito. E ainda completou: “para o bem da nossa classe !”

*Pérolas processuais são publicadas no site Espaço Vital — www.espacovital.com.br