Castigo prolongado

Seqüestrador de Olivetto deve ficar em regime rigoroso na prisão

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10 de março de 2005, 16h18

A 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou, nesta quinta-feira (10/3), que o chileno Maurício Hernandes Norambuena permaneça preso até 1º de dezembro no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). Ele foi condenado a 30 anos de reclusão pelo seqüestro do publicitário Washington Olivetto.

O RDD impõe normas mais rígidas de segurança. Norambuena está preso no Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes.

O TJ paulista negou, por unanimidade, Habeas Corpus ajuizado pela defesa que pediu a imediata remoção de Norambuena do RDD. O chileno está neste regime desde dezembro de 2003.

O relator do processo foi o desembargador Pedro Gagliardi. No ano passado, o juiz Miguel Marques da Silva, da Vara das Execuções Criminais e Corregedoria dos Presídios de São Paulo, determinou que o chileno cumprisse a pena em RDD por mais 360 dias.

Após cumprir 360 dias no regime, Norambuena pediu sua saída do regime, em novembro do ano passado. No mesmo mês, a Justiça determinou, cautelarmente, que ele permanecesse por mais 60 dias sob normas rígidas de segurança.

Histórico

O publicitário Washington Olivetto foi seqüestrado em 11 de dezembro de 2001 depois de sair de sua agência de publicidade, a W/Brasil. O publicitário permaneceu em um cativeiro no Brooklin, zona sul de São Paulo, até 2 de fevereiro de 2002.

Ele foi solto após uma vizinha ouvir os seus gritos. No dia anterior, seis membros da quadrilha foram presos em Serra Negra.

Norambuena cumpre pena por seqüestro, tortura e formação de quadrilha e deverá permanecer 30 anos de reclusão no Brasil. No Chile, ele tem duas condenações a prisão perpétua, pelo homicídio do senador Jaime Guzmán e pelo seqüestro de Cristián Del Rio, filho do dono do jornal ‘El Mercurio’.

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