Travessura castigada

Diretora do Mackenzie que expulsou alunos deve depor na sexta

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11 de maio de 2005, 19h58

A diretora do Instituto Presbiteriano Mackenzie em Brasília, Sandra Paiva, foi citada pelo promotor Marcos Donizeti Sampar, da promotoria de Justiça de Defesa da Educação, para uma audiência nesta sexta-feira (13/5).

Sandra Paiva expulsou cinco alunos do colégio que, em meio a uma brincadeira, provocaram vazamento da espuma de um extintor de incêndio no hotel em que estavam hospedados durante excursão a São Paulo promovida pela instituição.

Nesta quarta-feira (11/5) Sampar ouviu os pais dos alunos expulsos. Somente depois de ouvir a diretora é que o promotor vai dar início a algum tipo de procedimento.

Inconformados com a decisão da diretora, os pais dos alunos procuraram a OAB e o Ministério Público. De acordo com Helena Sílvia Fialho Moreira, mãe de um dos adolescentes envolvidos, a expulsão dos alunos foi uma decisão arbitrária da escola, que não deu chance de defesa aos estudantes. Segundo Helena, a diretora do colégio pediu aos pais para transferir os alunos para que eles não passassem pelo “trauma da expulsão”.

Os estudantes expulsos, segundo seus pais, têm boas notas e jamais tiveram qualquer problema disciplinar antes. Alguns deles integram a seleção de handebol do colégio e a do Distrito Federal.

Segundo Helena, o comportamento dos estudantes é passível de punição, “mas não comporta uma decisão extremada como a que se adotou, já que esse tipo de brincadeira é absolutamente previsível nessa idade”.

Helena sustenta também que a responsabilidade pela disciplina dos alunos durante a excursão era do colégio que a promoveu. Segundo ela, caso os professores que acompanharam os alunos a São Paulo tivessem cumprido seu papel, “o incidente não teria acontecido”.

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