Disque-Denúncia

Presidente da OAB do Rio de Janeiro é ameaçado de morte

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3 de maio de 2005, 20h21

O presidente da OAB do Rio de Janeiro, Octavio Gomes, foi ameaçado de morte. Ele foi alertado pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro. No dia 30 de abril, dois homens num veículo com placa oficial e brasão da República planejavam o seu assassinato, em Niterói, segundo a Subsecretaria. As informações foram repassadas ao Disque-Denúncia.

Roberto Busato, presidente nacional da OAB, repudiou as denúncias de ameaças de morte. Em nota, ele afirmou que a ameaça preocupa a instituição e atinge toda a classe dos advogados. No entanto, disse que não serão ameaças que impedirão a OAB de desempenhar sua atividade.

Busato disse que esperaa que as autoridades de segurança do Rio de Janeiro tomem providências, garantindo tranqüilidade a Octávio Gomes e à sua família.

O presidente da OAB comunicou ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a ameaça de morte sofrida por Octávio Gomes. Thomaz Bastos afirmou que iria determinar imediatamente ao diretor-geral da Polícia Federal, delegado Paulo Lacerda, que tomasse providências para garantir a vida de Octávio Gomes.

Leia a íntegra da declaração do presidente nacional da OAB

“O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil vê com grande preocupação as ameaças que foram dirigidas a Octávio Gomes, coordenador do Colégio de Presidentes da OAB e presidente de uma das Seccionais da OAB mais importantes do Brasil, a do Rio de Janeiro.

Uma ameaça contra um membro da entidade, principalmente no exercício de um cargo tão relevante quanto o de Octávio, é bastante preocupante e atinge a toda a classe dos advogados. Sinto-me tão ameaçado quanto o presidente da OAB do Rio de Janeiro e me coloco a seu lado para a proteção da sua dignidade, de suas prerrogativas profissionais e no pedido de proteção à sua integridade física.

Nós estamos unidos e não serão ameaças de qualquer tipo, mesmo essa, contra a vida do presidente da OAB-RJ, que vão nos esmorecer no trabalho em prol da cidadania e da advocacia. A luta continua. Não é o primeiro mandatário a ser intimidado com ameaças tão sórdidas, mas não abriremos mão de nosso papel institucional.

Esperamos que as autoridades de segurança do Rio de Janeiro levem a tranqüilidade esperada a Octávio Gomes e à sua família. Esperamos que as autoridades levem também tranqüilidade à instituição, para que ela possa seguir desenvolvendo suas atividades, como faz há mais de 75 anos em prol da cidadania e da República brasileira”.

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