Invasão de escritórios

Aleixo diz que operação da PF violou prerrogativas de advogados

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30 de junho de 2005, 16h12

O advogado Rogério Aleixo, sócio do Aleixo Pereira, objeto de uma operação de busca e apreensão por parte da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (30/6), informou que, ao contrário do que afirmam o ministro da Justiça e as autoridades da Polícia Federal e do Ministério Público, os alvos da operação em seu escritório foram clientes e não advogados.

Segundo Aleixo, tratou-se de uma invasão, semelhantes às que ocorreram anteriormente em outros escritórios, em flagrante desrespeito à inviolabilidade da advocacia. “Fomos vítimas de uma arbitrariedade”.

O advogado diz que o mandado de busca e apreensão, expedido pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, era genérico e abrangente, não especificando os objetos ou documentos a serem apreendidos “Se quisessem, poderiam ter levado o escritório inteiro”, diz Aleixo.

Entre os documentos apreendidos está uma apostilha de um curso promovido pelo escritório Oliveira Neves, alvo principal da operação policial, e documentos de empresas estrangeiras clientes do escritório. “Mas não é crime ter empresas estrangeiras como cliente”, diz Aleixo.

Rogério Aleixo disse que informou à OAB, à Aasp — Associação dos Advogados de São Paulo e ao Iasp — Instituto dos Advogados de São Paulo sobre o ocorrido e que pretende levar o caso à Justiça. “Queremos resolver esta situação na forma da lei. Não vou sofrer calado este tipo de violência e não vou permitir que joguem o nosso nome na lama. Vou levar o caso às ultimas conseqüências”, desabafou.

Aleixo esclareceu que junto ao escritório de advocacia funciona o escritório de contabilidade da família, que não foi objeto das investigações e das medidas judiciais.

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