Tráfico de drogas

MP apresenta denúncia contra Edinho à Justiça

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29 de junho de 2005, 14h00

O Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia, nesta terça-feira (28/6), contra 12 pessoas — entre elas o ex-goleiro Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, e Ronaldo Duarte de Freitas, o Naldinho — acusadas de tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico e porte ilegal de arma.

Cabe ao juiz Edegar de Souza Castro, titular da 1ª Vara Criminal de Praia Grande, decidir se recebe ou não denúncia. As penas previstas vão de 13 a 44 anos de reclusão, mais o pagamento de 150 a 1080 dias-multa. A denúncia se sustentou na Lei de Entorpecentes (Lei 6.368/76) e no Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03).

No mesmo dia em que foi apresentada a denúncia, Edinho foi transferido da sede do Denarc, no bairro do Butantã (Zona Oeste da capital paulista) para uma cela da penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes, no interior do estado.

Edinho vai ficar em RDD — Regime Disciplinar Diferenciado e terá como companheiros alguns dos bandidos mais perigosos do país, como Fernandinho Beira-Mar, o líder do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho e o líder do seqüestro do publicitário Washington Olivetto, Maurício Hernandez Norambuena.

O prazo de permanência no RDD é de 180 dias. O ex-goleiro está jurado de morte pelo PCC por causa de sua relação com Naldinho, que também foi enviado a Presidente Bernardes.

Prisão

Edinho foi preso em flagrante no dia 6 de junho e autuado sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. O ex-goleiro negou, em depoimento à Polícia Civil, as acusações de associação para o tráfico, mas afirmou ser usuário de maconha e disse precisar de tratamento médico.

O ex-goleiro foi preso em seu apartamento em Santos (litoral paulista). O Denarc afirma que ele foi flagrado em conversas telefônicas com Naldinho, também preso e apontado como o chefe do tráfico de drogas na Baixada Santista.

O conteúdo das escutas não foi divulgado. De acordo com a polícia, a quadrilha movimentaria cerca de duas toneladas de cocaína por mês. O diretor do Denarc, Ivaney Cayres de Souza, disse que será pedida a quebra de sigilo bancário dos envolvidos.

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