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Luma de Oliveira vai processar jornal inglês The Independent

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21 de julho de 2005, 14h14

A modelo e atriz Luma de Oliveira vai processar o jornal inglês The Independent. O diário publicou, nesta quinta-feira (21/7), uma foto de Luma para ilustrar uma reportagem sobre o escândalo sexual que envolve diretores da Volkswagen e garotas de programa brasileiras e de outras nacionalidades.

“Vamos entrar com ação de indenização por danos morais contra o jornal”, disse à revista Consultor Jurídico o advogado de Luma de Oliveira, Michel Assef Filho. Ele afirma que já entrou em contato com o editor do diário inglês pedindo também uma retratação. A ação será ajuizada na Inglaterra.

A foto de Luma desfilando no Carnaval do Rio de Janeiro traz a legenda “a maior montadora de carros da Europa, a VW, é sacudida por um escândalo envolvendo sexo, suborno e sambistas”.

Segundo a reportagem do The Independent, a garota de programa identificada apenas como Josélia R. foi apresentada ao diretor de recursos humanos da Volkswagen Peter Hartz em Lisboa e o teria acompanhado em viagens a Paris, onde ficaram hospedados no luxuoso hotel Georges V, e a São Paulo. Ela recebeu 1.600 euros para as duas tarefas.

O problema é que as despesas foram pagas com cartões de crédito da Volks. E o affair Hartz-Josélia não é um caso isolado. De acordo com a reportagem, trata-se de um esquema consolidado de pagamento de férias regadas a sexo, inclusive com viagens para acompanhar o Carnaval do Rio de Janeiro.

Outra brasileira, identificada como Adriana B, para fazer companhia a Klaus Volkert, ex-chefe do conselho de trabalhadores da montadora alemã, teria ganhado um apartamento na Alemanha e uma casa que vale 60 mil euros no Brasil. Há o caso também de uma atriz tcheca que ganhou uma Lamborghini para entreter outro diretor da multinacional.

O esquema de diversão sexual, segundo o jornal inglês, visaria principalmente dirigentes sindicais e da área de recursos humanos. O jornal cita, ainda, notícia da revista Focus, segundo a qual a montadora pagou festas sexuais para comprar influência no governo e lembra que a Volkswagen apoiou abertamente a campanha de Gerhard Schröder, primeiro-ministro alemão.

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