Caça ao caçador

Ibama e PF se unem para combater crimes ambientais

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16 de julho de 2005, 12h36

O Ibama — Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis e a Polícia Federal assinaram convênio esta semana para combater crimes ambientais. O principal objetivo do convênio é coibir a caça de aves e o tráfico de animais.

O convênio prevê a criação do Ciapa — Centro de Integração e Aperfeiçoamento em Policia Ambiental da Caatinga, para habilitar policiais federais e analistas do Ibama no combate ao tráfico de animais, à caça predatória e ao desmatamento da vegetação nativa nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Minas Gerais. As informações são da Agência Brasil.

“A biodiversidade e a fauna da caatinga é muito e representativa. Os traficantes sabem disso e acabam com essa fauna, roubando animais para exportação”, afirma o presidente do Ibama, Marcus Barros. Em 2002 e 2003, o Ibama recolheu mais de 74 mil aves, 10 mil répteis e quatro mil mamíferos contrabandeados.

O centro funcionará na Estação Ecológica Raso da Catarina, próxima a Salvador (BA), com uma delegacia da Polícia Federal e salas de aula para capacitação. O projeto receberá investimentos de cerca de R$ 1 milhão, da compensação ambiental de empreendimentos da Companhia Hidrelétrica do São Francisco.

Para o presidente do Ibama, as atividades dos profissionais que forem treinados no centro também poderão diminuir o tráfico de drogas na região. O Centro deverá começar a funcionar em dois meses.

De acordo com o Ibama, o tráfico internacional de animais movimenta anualmente mais de US$ 1 bilhão no mundo. O principal destino dos animais capturados ilegalmente no Brasil é a Europa, seguida por Estados Unidos e Canadá.

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