Tensão no Júri

Advogados e juiz se estranham no julgamento de Edinho

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14 de julho de 2005, 18h07

Começou quente o julgamento do ex-goleiro Edinho, acusado de homicídio, no Tribunal do Júri de Santos, litoral paulista. Logo no início da sessão, nesta quinta-feira (14/7), os advogados de defesa e o juiz Gilberto Ferreira da Cruz, que preside o júri, se estranharam.

O juiz não permitiu que os advogados Sidney Gonçalves e Mario de Oliveira Filho, que assistem Edinho, tivessem uma conversa privada com o ex-goleiro.

Os advogados protestaram, sustentado pelo Estatuto da Advocacia, que lista entre os direitos do advogado o de “comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis”. O juiz não arredou de sua posição, mesmo diante de novo protesto.

Atendendo o pedido dos advogados, o juiz fez constar nos autos do julgamento o protesto e deu seguimento à sessão.

Morte no racha

Edinho é acusado pelo homicídio do aposentado Pedro Pereira Simões, de 50 anos. O ex-goleiro e o motorista profissional Marcilio José Marinho de Melo participavam de um “racha” na avenida Epitácio Pessoa, em Santos, na madrugada de 24 de outubro de 1992.

O Apolo dirigido por Marcílio atingiu a moto da vítima, que bateu em um poste. O aposentado morreu na hora. Em 1999, Edinho e Marcilio foram condenados, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo anulou a condenação de Edinho e decidiu que ele seria julgado novamente.

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