Papel institucional

“Não levo em conta manifestações pessoais”, diz D´Urso

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7 de julho de 2005, 20h03

“As manifestações pessoais não levo em consideração, à medida que meu papel é institucional, na defesa de interesses mais elevados, como a Constituição Federal, o ordenamento jurídico e o Estado Democrático de Direito”. A afirmação é do presidente da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, Luiz Flávio Borges D´Urso, em resposta ao presidente da Ajufe — Associação dos Juízes Federais do Brasil, Jorge Maurique.

Nesta quinta-feira (7/7), Maurique afirmou: “quando a gente vê um Mandado de Segurança ser indeferido por inépcia, a gente se pergunta se o presidente da OAB paulista passaria no Exame de Ordem”. A frase arrancou gargalhadas de um platéia composta por mais de cem juízes federais que compareceram ao ato público de desagravo ao juiz federal Vlamir Costa Magalhães, que determinou a busca e apreensão de documentos no escritório de Luiz Olavo Baptista, no mês passado.

Maurique se referiu à decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Edson Vidigal, que rejeitou, nesta quarta-feira (6/7), o Mandado de Segurança preventivo ajuizado pela seccional paulista da OAB para impedir que fossem expedidas ordens de busca em escritórios.

A OAB paulista promove, nesta sexta-feira (8/7), às 10 horas, em frente à sua sede (Praça da Sé, 385), Ato Público de Repúdio contra invasões de escritório, reunindo entidades e lideranças representativas da advocacia. “Faremos um grande desagravo público aos colegas que tiveram seus escritórios invadidos, com base em mandados judiciais de busca e apreensão genéricos, expedidos por juízes federais de outros estados, que a OAB-SP considera ilegais. Não é uma manifestação contra as instituições, mas contra as ordens emanadas por juízes federais, que afrontam a Constituição Federal”, afirma D´Urso.

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