Sigilo quebrado

Jefferson e empresas de Marcos Valério serão devassados

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7 de julho de 2005, 21h13

Por ser citado pelo ex-chefe do departamento de Contratação de Materiais dos Correios, Maurício Marinho — flagrado recebendo uma propina de R$ 3 mil — o deputado Roberto Jefferson (PTB/RJ) terá seus sigilos fiscal, bancário e telefônico quebrados.

A decisão foi tomada nesta quinta-feira (7/7) pelos integrantes da CPMI dos Correios que também adotaram a mesma medida em relação a 10 empresas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O próprio Valério e cinco de suas empresas já tinha o sigilo quebrado. O empresário foi acusado por Jefferson de ser o agente distribuidor do “mensalão”, a mesada que parlamentares estariam recebendo para votar nas propostas do governo.

As empresas de Marcos Valérios que estão sendo investigadas são a SMP&B Comunicação, DNA Propaganda, Grafite, Estratégia Marketing, Multiaction, Praesepiu Centro de Preparação Eqüestre Ltda, 2 S Participações Ltda, JN Participações Ldta, MG 5 Participações Ltda, S.F. Assessoria Empresarial Ltda, Tolentino & Melo Assessoria Empresarial S/C, Novo Mundo Participações Ltda, Star Alliance Participações Ltda, Feeling Propaganda Ltda e Pouso Alegre Editorações Ltda.

O sigilo de Jefferson foi quebrado sob os protestos do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) para quem também deveriam ser aprovados os requerimentos com o mesmo objetivo em relação a outros envolvidos no escândalo: o deputado José Dirceu (PT/SP), o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, o ex-secretário-geral, Silvio Pereira e o presidente José Genoíno. Diante da negativa da maioria dos integrantes da CPMI, os quatro enviaram cartas autorizando a medida.

A CPMI também conhecerá a relação de aviões fretados por Marcos Valério nos últimos cinco anos e os vídeos do sistema do edifício anexo ao Brasília Shopping, na Capital Federal, onde está sediada a agência do Banco Rural.

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